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Autoestima VS Ciúme

Atualizado: 23 de nov. de 2022




Olá, como vocês estão? 😀


Pegando o gancho sobre a autoestima no último post, eu quero saber: Quando você se olha no espelho, o que você vê?


Bom, você pode estar se perguntando (ou não) o que é que eu tô querendo com essa pergunta e como isso poderia estar relacionado com a nossa série sobre ciúmes. Então, dando um breve panorama...


A autoestima é uma autoavaliação sobre as nossas características (mentais, físicas e etc..), sendo de acordo com o que elegemos como positivo ou negativo. Apesar de muitas vezes passar a ideia de algo que “vem de dentro”, a autoestima é desenvolvida desde a infância a partir das nossas experiências interpessoais e com o mundo.


Boa autoestima vs Baixa autoestima


Uma boa autoestima diz respeito sobre a percepção positiva de si mesmo como, por exemplo, ser competente e possuidor de valor. Já a baixa autoestima está ligada, por exemplo, à insegurança, sentimentos de inferioridade ou incapacidade e sensação de fracasso. Essa visão excessivamente negativa de si mesmo pode prejudicar diversas áreas da vida do sujeito como o trabalho, faculdade e relacionamentos interpessoais, impactando diretamente a saúde física e mental. E eu sei que é difícil compreender e sentir isso, mas muitas vezes o nosso maior agressor... é a gente mesmo.


E ai, você acredita que sua autoestima está boa ou baixa?


E, agora falando sobre ciúme…você acha que sua autoestima estaria ligada de alguma forma a essas emoções que o ciúme acarreta (obs. ver os posts anteriores)? Bom, existe uma relação entre a baixa autoestima e o ciúme. A pessoa quando se percebe tão negativamente, qualquer pessoa ou qualquer acontecimento são dados como ameaças. Mesmo quando existem provas ou fatos que mostram o amor e o desejo da outra pessoa.


A pessoa quando muito ciumenta busca a garantia da permanência da(o) parceira(o) a partir de comportamentos pouco funcionais como a vigilância, a evitação de eventos sociais, restrições, ameaças e definitivamente muitas discussões e brigas. É complicado, né? Pra finalizar... Se autoestima é uma construção e se desenvolve ao longo da vida, então ela pode ser trabalhada junto com um profissional capacitado. Na terapia, por exemplo, o psicólogo pode ajudar o cliente a identificar pensamentos e comportamentos disfuncionais sobre si mesmo ou que valorizam excessivamente terceiros. Geralmente esses pensamentos são distorcidos, ou seja, não correspondem à realidade.


O terapeuta pode auxiliar o cliente na mudança desse viés cognitivo, que comparativamente é como se fosse uma “lente suja”. Como se a pessoa só conseguisse “enxergar” tudo o que reforça a visão negativa sobre si mesmo e sobre os eventos que acontecem. Cabe dizer que a TCC não busca uma visão do “é só pensar positivo”, mas sim uma visão realista das situações, sendo coerente e congruente com o seu ambiente.


Por fim, te convido a mais uma reflexão: Como você percebe a sua relação consigo mesmo? E como isso anda impactando as diversas áreas da sua vida?


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Laura Sengès – IG: @Laurasenges.psi

Psicóloga Clínica (CRP05/59459)

Mestra em Psicologia | Coordenadora do Carreira Psi

Linktree: linktr.ee/laurasenges.psi



Referências:

Abalone, G. J. (2010) Histórias de Ciúme Patológico: identificação e tratamento. São Paulo: Manole.

Rustemeyer, R., & Wilbert, C. (2001). Jealousy within the perspective of a self-evaluation maintenance theory. Psychological reports, 88(3 Pt 1), 799–804. https://doi.org/10.2466/pr0.2001.88.3.799

Kneeland, E. T., Dovidio, J. F., Joormann, J., & Clark, M. S. (2016). Emotion malleability beliefs, emotion regulation, and psychopathology: Integrating affective and clinical science. Clinical psychology review, 45, 81–88. https://doi.org/10.1016/j.cpr.2016.03.008


 
 
 

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