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Validação na clínica pela perspectiva da DBT

A Validação da expressão emocional de uma paciente com intensa desregulação emocional é um tema profundo e extenso. Dessa forma, o texto a seguir apresenta um breve resumo sobre o assunto.


As estratégias de validação na DBT são também estratégias de aceitação, cujo objetivo é acolher a paciente, mostrando que seus comportamentos, emoções ou pensamentos fazem sentido e são compreensíveis no contexto atual. A validação ajuda a destacar o "grão de sabedoria" na perspectiva da paciente, reconhecendo que suas respostas emocionais, embora possam ser desadaptativas, são justificadas e válidas em algum nível. Ao mesmo tempo em que o terapeuta trabalha com as estratégias de validação, o processo terapêutico na DBT também destaca a necessidade de mudanças para melhorar a qualidade de vida e reduzir comportamentos problemáticos.


A validação é fundamental para criar um ambiente terapêutico de confiança e segurança, onde a paciente se sente ouvida e compreendida. Sendo assim, por reconhecer a experiência interna da paciente, é uma ferramenta que ajuda a reduzir a autoinvalidação e aumentar a autovalidação. Além de melhorar o vínculo terapêutico, a validação é um fator essencial para manter o paciente engajado na terapia, promovendo o progresso clínico.


O que é validar:


Validar é reconhecer e afirmar a experiência emocional de outra pessoa, sem necessariamente concordar com ela. Na DBT, a validação envolve reconhecer a verdade na experiência da paciente, tanto no contexto de seus eventos passados quanto na situação atual.


O que não é validar:


Validar não é simplesmente fazer a paciente "se sentir bem" ou concordar com tudo que ela diz ou faz. Também não é encorajar ou justificar comportamentos prejudiciais, como autolesão ou abuso de substâncias. 


Por fim, a validação por parte do terapeuta é uma forma de ensinar a paciente a validar a si mesma, ensinando-a a reconhecer e aceitar suas próprias emoções e pensamentos como legítimos, ao mesmo tempo em que desenvolve habilidades para mudar comportamentos problemáticos.


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Texto elaborado para estudantes e profissionais da área pela nossa PSI em desenvolvimento, Leticia Costa - Estudante do 6º período de Psicologia pela Universidade de Marília - UNIMAR.


Referências:

LINEHAN, Marsha. Terapia cognitivo-comportamental para transtorno de personalidade borderline: tratamentos que funcionam: guia do terapeuta. Tradução de Ronaldo Cataldo Costa. Edição em português. Porto Alegre: Artmed, 2010.

SWENSON, Charles R. Princípios da Terapia Comportamental Dialética em ação: aceitação, mudança e dialética na DBT. Tradução de Vinicius Guimarães Dornelles. Porto Alegre: Artmed, 2024.

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